sábado, 14 de janeiro de 2023
ADEUS, LIXÃO!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
ARMADILHAS DA POLÍTICA
O inimigo mora ao lado? Sem o ponto de interrogação esse é o título do famoso filme do Diretor Ron Oliver, lançado em 2013, com grande sucesso de público e crítica. Porém, traz também uma mensagem da teoria política clássica: cuidado com o entorno!
Quando olhamos para a disputa do poder por uma perspectiva histórica, como bem orientou o pai da Ciência Política, Nicolau Maquiavel, percebemos que em diversos casos a corrosão de principados, reinos e governos se deu de dentro para fora, em movimentos endógenos, ou seja, foram consequências das disputas internas por espaços de poder entre sujeitos próximos, teoricamente aliados. Em uma linguagem contemporânea, podemos observar que bases de apoio aparentemente sólidas vão se esvaindo quando interesses individuais vão sendo frustrados: aliados de ocasião tendem a não defender o projeto de grupo quando suas pautas próprias não são atendidas, já que, nesses casos, a parte se sobrepõe ao todo.
O grande desafio estratégico do grupo que ocupa o poder é identificar tais movimentos internos, pois em regra não são declarados, se desdobram na própria engrenagem de forma latente por atores classificados na categoria de aliados. Não se trata aqui de rompimento político, caso clássico de oposições que surgem no decorrer do mandato de dentro da própria gestão e montam palanque e discurso para atacá-la declaradamente, jogando o jogo aberto da política. Não é disso que estamos tratando, mas, especificamente, dos casos nos quais os agentes permanecem no grupo e gozam do status de aliado, porém estão atentos e dispostos a mudar agir corrosivamente se houver expectativa de maiores vantagens e atendimento de demandas pessoais. Até o leitor mais desatento lembra da distinção feita por Maquiavel entre os exércitos próprios e os exércitos de mercenários: pode-se vencer com ambos, mas a manutenção do poder estará em risco permanente quando os guerreiros não são soldados da causa, mas de interesses próprios.
Aliás, como movimentos conspiratórios ou de corrosão interna de poder se materializam sem que os governantes o identifiquem a tempo de evitá-lo?
A reposta vem de um outro gigante do pensamento político clássico: Thomaz Hobbes. Para o escritor de O Leviatã, a natureza humana propicia uma característica que torna o indivíduo humano extremamente perigoso, que é a capacidade de dissimular, quer dizer, de fingir gostar do que não gosta, sentir o que não sente, ser aliado de quem não é. Nenhum outro animal possui essa habilidade, o que coloca o homem no topo do ranking dos seres mais perigos.
Conhecer essas questões da natureza da política e da natureza humana é condição essencial para quem decide entrar no jogo político, pois diminui substancialmente as surpresas quando os fatos se derem (não se trata de se vai ou não acontecer, mas de quando vai acontecer).
Os livros não se tornam clássicos por acaso, geralmente resistem ao tempo justamente pela mensagem atemporal que trazem. Em razão disso, quanto mais os conhecemos menos surpreendentes são os eventos que presenciamos ou vivenciamos na arena do jogo do poder, pois o repertório da história não é tão vasto assim, pelo contrário: a velha história é muitas vezes enfadonhamente repetitiva, no rastro do que dizia um outro autor clássico do pensamento político, o velho Karl: "Os grandes fatos da história sempre se repetem. A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa".
A política não é feita só disso, há nela também compromisso, lealdade espírito público, dedicação a causas coletivas, companheirismo, empatia e alianças estratégicas que precisam ser feitas.
Enfim, podemos terminar fazendo uma adaptação daquela mensagem do grande Ben Jor, em Engenho de Dentro, para a política: olhos abertos, atenção e perspicácia não fazem mal a ninguém.
sábado, 1 de janeiro de 2022
O QUE ESPERAR DA DISPUTA PRESIDENCIAL EM 22?
O cenário ainda está aberto, com poucos consensos entre os analistas. Talvez a única convergência das análises seja a de que o ex-presidente Lula estará no 2o turno da disputa presidencial. Porém, sobre se reunirá as condições para vencer a eleição no 1o turno não há consenso.
Uma outra avaliação convergente entre os analistas é a de que o presidente Bolsonaro enfrentará dificuldades para recuperar a popularidade. O governo tem 6 meses para apresentar números melhores na economia e turbinar programas sociais, principalmente os de transferência de renda, para garantir a competitividade do presidente no escrutínio, conquistando eleitores para além da sua base de apoio mais fiel. Se conseguirá ou não realizar essa operação, e mesmo se o presidente pode abdicar da sua candidatura, não há consenso.
No campo da dita 3a via, Moro estreou bem posicionado nas pesquisas, mas não tem apresentado potencial de crescimento que o leve a casa dos 20 pontos percentuais e o coloque como competidor capaz de superar os dois principais nomes da corrida presidencial.
Ciro foi o concorrente mais afetado com a entrada de Moro na disputa, perdendo apoio para o ex-juiz de parte dos eleitores nem-nem, principalmente entre os adoradores da operação lava jato. Outra questão que implica a candidatura de Ciro é a pressão de parte do PDT pela renúncia da sua candidatura: há o receio de que não está no palanque de Lula em alguns estados possa trazer dificuldade para a eleição dos deputados e senadores do partido, comprometendo a formação de uma bancada politicamente relevante dos pedetistas nos assembleias legislativas e no congresso nacional. A articulação da confederação partidária entre siglas da esquerda (falarei mais sobre isso em outra análise) também traz um tempero mais apimentado para essa questão. O fato é que Ciro precisa recuperar o posto de principal nome da 3a via para consolidar a sua candidatura.
Ao fim e ao cabo, 22 começa com poucos consensos analíticos e muitas possibilidades no tabuleiro. O movimento dos jogadores no xadrez eleitoral dos próximos meses pode confirmar tendências ou dar novos ares ao jogo.
Observemos com atenção!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
NÃO OLHE PARA A POLÍTICA
Cena do filme "Ensaio Sobre a Cegueira", baseado no livro homônimo de José Saramago
Os modernos contratualistas, principalmente
Locke e Rousseau, vão organizar o pensamento herdado dos gregos clássicos e
fundar a democracia moderna para evitar o obscurantismo e a tirania. Diziam
eles: olhem para a política.
Grosso modo, mas indo direto ao
ponto, não há saída fora da política! É ela que define o valor do salário
mínio, a quantidade de impostos que pagamos, as verbas para educação,
saneamento, saúde e segurança pública; é ela que diz o limite da atuação da polícia,
a abrangência do programa de vacinação, os programas sociais de distribuição de
renda, a liberdade da imprensa, a criminalização do racismo, da homofobia e do sexismo .
É pela política que os cidadãos se
emancipam e tornam-se parte do processo decisório da administração pública, que
escolhem os administradores e que podem se colocar para a avaliação dos seus
pares para também servirem a sua cidade, estado ou país na busca do bem comum.
A política é coletiva, participativa e plural. Olhe para a política.
Partidos, sindicatos, associações, líderes
comunitários, políticos em geral, eleitos e não eleitos, movimentam a vida em
coletividade e dão sentido as ideias de liberdade e participação - de cidadania
em última análise. Olhe para a política.
Na dialética da vida social há também
movimentos e processos que buscam a alienação, a dominação, o controle total, o
cerceamento das liberdades, a diminuição de direitos, o desprezo ao
conhecimento, o desejo de superioridade, o ultra individualismo, a acumulação
sem limites, uma sociedade desigual. Esse campo vai dizer sempre e em voz alta:
não olhe para a política.
Bertolt Brecht alertava “Que
continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida
pública mais querem” e Platão vaticinava: “O preço a pagar pela tua não
participação na política é seres governado por quem é inferior”. A vida não
vai mudar sem a política e quanto menos olharmos com atenção para ela, mais longe
da emancipação estaremos. Olhe para a política.
Quanto mais nos afastamos da
política, mas sujeitos a dominação estaremos. Com os seus erros e acertos é a
política que nos garante voz, ganhando e perdendo eleições é através dela que
nos tornamos protagonistas da nossa própria história coletiva. É preciso
participar, discutir, compreender, reivindicar, mas, todo namoro começa com um
olhar...
Olhe para a política e aproveitando a ocasião, olhe também para cima!
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
A PELJA DA LEI COM OS COSTUMES NA CULTURA POLÍTICA TUPINIQUIM
Vamos começar pelo óbvio: cumprir a lei
não é uma escolha, mas um imperativo para os agentes da administração pública:
se o secretário, o vereador ou o prefeito agirem em desacordo com a lei, os
órgãos de controle, sobretudo o TCE e o MP agirão energicamente.
Feita essa ressalva inicial necessária
para evitar interpretações equivocadas, pode-se observar que em alguns casos, novas
administrações públicas municipais empossadas no ano corrente enfrentam
problemas de ordem cultural, quer dizer, no campo dos costumes, para implantar um novo
modelo de gestão baseada na observância da lei erga omnes, ou seja: válida
para todos, gestores e população em geral.
Mudanças culturais, entretanto, são
sempre as mais lentas e a nossa cultura política parece ainda sofrer
influência, pelo menos em parte, da velhas máximas e práticas da velha política. Talvez isso se dê (apenas talvez) como desdobramento de que o
voto também ainda possa ser decidido, em alguns casos, pela expectativa de
vantagens e privilégios pessoais, e não de benefícios coletivos, da conquista
de direitos (Se isso é fato, em que medida ocorre?).
Diante desse possível retrato da
realidade e dos desafios da mudança, devem os novos gestores jogarem a toalha e
deixarem tudo como dantes no quartel de Abrantes? Se quiserem deixar a sua marca fazendo algo
diferente, não. Mas, ao mesmo tempo, considerando que não se muda a realidade e
a cultura política de um povo por decreto, resta a seguinte questão: quantas
casas é possível avançar nessa trajetória de mudança de cultura administrativa
contando com a compreensão e aceitação da população? É possível uma mudança de
cultura administrativa sem uma igual e concomitante mudança da cultura
política?
É sabido, desde Victor Nunes Leal
(Coronelismo, Enxada e Voto, 1948), que um traço da cultura política brasileira
está ligado as ideias de clientelismo (troca de favores) e ao patrimonialismo (uso
do poder público para fins privados), de modo que mesmo a redemocratização dos
anos de 1980 não exterminou completamente essa característica da nossa política, ainda que tenha sido capaz de, em alguma medida, diminuí-la. Outra questão que
a essa se associa é a precária formação política da população, já que, como é
vista como algo essencialmente ruim, a política como objeto de estudo científico-racional não faz parte da formação
escolar e nem mesmo universitária brasileira (salvo nos cursos específicos da
área), fato que pode ser observado pela característica do debate público nacional, desapartado de conceitos fundamentais do universo sociopolítico, minimamente necessários para uma tomada de consciência sobre a realidade.
Se for possível atribuir alguma validade
a essa análise preliminar até aqui exposta, a peleja do título desse breve escrito começa a
fazer sentido: É preciso mudar, mas qual a velocidade possível da mudança, dado
o fato do atual estágio da cultura política e dos costumes predominantes no
seio social? O poderoso exército norte-americano, por exemplo, não foi capaz,
com dinheiro, força e armas, de implantar a democracia no Afeganistão, por quê?
Por uma questão simples: a democracia é uma construção da cultura política do
povo; se a população não introjeta os seus valores (igualdade, liberdade,
legalidade, laicidade etc.), ela não vinga. Isso vale para qualquer outra
análise, inclusive para essa que se propõe e que é bem mais simples, dado o
fato de já sermos uma democracia.
Enfim, talvez a primeira e maior tarefa das
novas administrações seja comunicar de maneira clara e eficiente com a
população os fundamentos, os propósitos e os benefícios que as ações (e o modo
de agir) da nova gestão trarão em curto, médio e longo prazo para a cidade
coletivamente considerada. É preciso que os formadores de opinião da cidade
compreendam a lógica e o propósito do novo modelo para, convencidos da sua
validade, defendê-lo falando a mesma língua, esclarecendo a população em geral
para garantir a validade da proposta e o apoio popular ao novo governo. Audiências
públicas, plenárias populares, formação política da juventude, escuta da população,
dentre outras práticas formativas-comunicativas são essenciais para a validação
do novo modelo, pois o apoio popular necessário nas democracias é produto da
compreensão e da sua principal consequência: o convencimento.
Enfim, tratando-se de uma análise e,
portanto, apenas de uma leitura dentre muitas outras possíveis da realidade,
cabe as novas gestões avaliarem, em primeiro lugar se enxergam validade no que
foi exposto e, caso a resposta seja positiva, se possuem os instrumentos para dar
conta dessa tarefa, qual seja: promover uma comunicação política que seja esclarecedora,
formativa e capaz de conquistar, pela validade e acerto da proposta
apresentada, o convencimento e consequente apoio da população.
Lideranças locais com experiência administrativa
e/ou política são sempre uma fonte de conhecimento empírico da cultura política
de um dado povo ou comunidade, de modo que podem ser termômetros sociais do
movimento de mudança. Ao fim e ao cabo, o que as novas administrações que
desejam fazer esse movimento de mudança mais acentuada no modus operandi
da gestão e da política precisam avaliar é se, na base, estão dadas as
condições objetivas para tal mudança, ou seja: em que medida é possível, no
campo da cultura política, promover e consolidar novos e diferentes costumes,
tendo como fundamento e limite a observância da lei.
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
O "EFEITO BORBOLETA" NA POLÍTICA
O filme Efeito Borboleta (2004), do diretor e roteirista Eric Bress, é uma das produções cinematográficas mais perturbadoras dessa quadra da história, trazendo em resumo apertado - e sem spolier para quem ainda não assistiu - a seguinte mensagem: toda mudança traz consequências, no mais das vezes imprevisíveis e incontroláveis.
- Mas, o que isso tem a ver com a política?
Vamos tentar estabelecer um ponto de interseção entre ambos a partir de uma mudança nas regras do jogo eleitoral que regerá a disputa do próximo ano:
Pra começo de conversa, as eleições gerais de 2022 já estão "bem ai", de modo que a definição das estratégias e táticas para a conquista do voto já devem estar na mesa, avançadas, para serem postas em prática. O fato é que, para definir as estratégias é preciso conhecer o contexto e construir cenários probabilísticos, levando-se em conta a peculiaridade de cada pleito.
Para as próximas eleições, dentre algumas outras questões relevantes trazidas pela aprovação da PEC 28/21, destaco aqui a manutenção da regra aprovada na Emenda Constitucional n. 97/2017, que acabou com as coligações nas eleições proporcionais (deputados e vereadores) e que tinha sido alterada na Câmara dos Deputados. O Senado rejeitou essa proposição e manteve a regra do fim das coligações partidárias para a disputa proporcional. Tais coligações possibilitavam a formação dos conhecidos "chapões" e "chapinhas", através das quais partidos sem qualquer identidade programática se coligavam para eleger representantes na base do quociente eleitoral. O voto dado a um candidato LGBTQIA+ do partido A, por exemplo, poderia eleger um candidato do partido B da mesma coligação, mas ligado a pautas religiosas totalmente contrárias aos interesses do eleitor que deu o seu voto ao candidato A. Do ponto de vista programático e representativo era, portanto, um desastre.
De outra banda, o modelo favorecia também aos chamados partidos-cartéis, nomenclatura dada pela Ciência Política aos partidos que garantem a sua existência por meio da adesão ao governo do momento, formando os seus quadros basicamente com a ocupação dos espaços na estrutura dos órgãos e entidades do Estado e suas ramificações. Em resumo: trata-se de partidos que não almejam o poder central e nem tem preocupação com a formação de uma base de apoio social, pois vivem da barganha por cargos públicos e benefícios do establishment - sua estratégia é eleger pequenas e médias bancadas para trocar apoio político no parlamento por privilégios na máquina pública.
Essa será a primeira eleição para deputados estaduais e federais nas quais a nova regra será aplicada, o que gera a expectativa de observação de um outro desdobramento que pode ter influência direta na formação dos palanques para as eleições majoritárias de presidente e governadores, qual seja: a necessidade de uma candidatura majoritária como ancora de voto do partido para as eleições proporcionais. Dito de outra forma: Sem as coligações proporcionais, cada partido lutará sozinho para atingir o quociente eleitoral, de modo que eleger os seus deputados sem uma candidatura majoritária que dê visibilidade ao nome e ao número do partido nas eleições gerais se torna uma tarefa muito mais complicada.
Também por esse motivo podemos ter em 22 um número elevado de candidatos à presidência da república e aos governos dos Estados, como parte da estratégia partidária de eleger as suas bancadas parlamentares e, para além de manterem as suas relevâncias no jogo político, evitarem uma fatal interdição por meio da cláusula de barreiras.
Moral da história: o fim das coligações proporcionais tende a implicar também na formação das coligações majoritárias, considerando a necessidade das estratégias de sobrevivência de pequenos e médios partidos no parlamento.
O "Efeito Borboleta" também vale para a política.
Fonte da imagem: capa do DVD do filme
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
OS ARRANJOS NACIONAIS E O XADREZ DA SUCESSÃO NO CEARÁ
2022 não será diferente, e o Ceará será
um desses Estados nos quais os arranjos nacionais mais tenderão a influir na
arrumação dos palanques, como já se observa nesse momento pela reação de
setores do PT local ligados aos deputados(as) federais José Airton e Luiziane Lins as recentes declarações do presidenciável do PDT, o cearense Ciro Gomes: ao
reforçar o rompimento com Lula e o PT, acusar o ex-presidente de ser
responsável pela vitória de Bolsonaro e de ter conspirado pelo impeachment de
Dilma, Gomes bota fogo no parquinho da quase aliança entre as duas siglas
partidárias para a sucessão de Camilo Santana (PT), que é aliado tanto dos Fgs como do ex-presidente Lula.
Apesar da excepcional avaliação do
governador Camilo Santana, não tem jogo definido no Ceará, já que o candidato de
oposição, capitão Wagner, tem se mostrado bastante competitivo para o pleito do
ano que se avizinha, bem como por outras variáveis importantes nesse xadrez,
tais como uma possível candidatura nacional própria do PSDB, o que colocaria o
senador Tasso Jereissati em um palanque equidistante do conflito; outro fato que
merece atenção é o espaço a ser ocupado na política cearense pelo ex-senador
Eunício Oliveira, um dos articuladores nacionais da candidatura de Lula.
De mais a mais, o fato é que uma
hipotética candidatura própria do PT no Estado dividiria palanques do sertão a
capital e poderia reproduzir pelas bandas de cá a tenção que envolve os eleitores
de Lula e os de Ciro no Brasil (é possível reuni-los em torno de uma candidatura local, enquanto se alfinetam no palanque nacional?). Se isso acontecer, o capitão agradecerá, pois
poderá fazer uma campanha propositiva enquanto petistas e pedetistas se digladiam
por um lugar no segundo turno da disputa cearense (no atual cenário a candidatura de Wagner caminha para uma vaga no 2o turno com razoável probabilidade).
O diretório do PT do Ceará está se reunindo nesse momento, cabe-nos aguardar os encaminhamentos.
Os jogos de 22 estão apenas começando...