Vi esses dias uma postagem, dessas tipo viral que se compartilha irrefletidamente, a qual dizia algo como: já precisei desse, daquele e daquele outro profissional, mas nunca precisei de um artista...
Pensei como seria a vida sem a arte, como seria se não tivesse:
- Um bom livro para ler e melhor refletir;
- A sétima arte, um bom cineminha para desopilar;
- O encanto de um poema audaz para encher o coração de esperança;
- As artes plásticas para limpar a vista em uma bela exposição;
- Um roteiro histórico de turismo para conhecer a escola arquitetônica de cada época;
- Espetáculos circenses para ficar apreensivo e dar gargalhadas;
- A sincronia dos bailarinos em um show de dança para maravilhar-se;
- A charge que faz rir e pensar com o seu humor inteligente;
- As feiras de artesanatos típicos de cada lugar que se visita...
A dita postagem |
Afinal, o que fazem na vida, para alem do trabalho, os que não precisam da arte?
O pai da psicanálise, Sigmund Fred, em seus estudos sobre a arte, sugeriu que os artistas falam do futuro com mais propriedade do que a ciência. Contudo, os novos “críticos de arte” que emergem nas redes sociais sustentam com a certeza absoluta de quem não sabe o que está falando que a arte e os artistas são dispensáveis na vida social.
Valei-me! Deus me livre de um mundo sem arte, ofício dos artistas...
Noite Estrelada, de Van Gogh (1889) |
"Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão; é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920).
No arremate, tal qual o velho Chico, vou ali ver a banda passar.
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
E em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
E em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor